SONHO

É quando o silêncio ofusca a luz da razão

Trilhando caminhos rumo ao imaginário

Que todo sentimento ganha forma e sentido

E no sonho perdido se faz legendário

Crava-se na memória em cicatriz profunda

Marcada pra sempre como tatuagem

Até se esconde entre os trapos da mente

Marcando a gente pra eternidade

Nem sempre a lembrança é forte e clara

Por vezes apagada como retrato antigo

Mas levo comigo no inconsciente

O que os sonhos bandidos gravaram na mente

Uns são bons, outros não que chamam pesadelo

Por vezes um apelo da alma inquieta

Que por mais reprimida na escuridão do sono

O seu abandono em sonho revela

É quando sonhamos e não lembramos direito

Que então é feito o exercício de memória

Buscar as lembranças em profundos pensamentos

Dos murmúrios e lamentos que sonhamos o agora