sábado, 16 de outubro de 2010

Noite


Noite, tempo guardado ao sono dos justos
E para os insanos uma fábrica de ideias
Líder da alcatéia o lobo dos devaneios
Mostra-se em anseios, angustias e dilemas
Sem causar problemas à identidade
Traz a genialidade dos textos e poemas
Noite, alimento sagrado do boêmio perdido
Que a insônia castiga lembrando amores
E em dissabores adoça os sentidos
Derrama-os perdidos em poucas palavras
Desenhando a alma rabiscada em versos
Que por certo em lágrimas o espírito lava
Noite, é ninho perfeito para os temores
Mãe da insegurança que da luz ao silêncio
Semeando o medo nas mentes loucas
Sentindo na boca o trepidar dos lábios
E até os mais sábios não revelam os segredos
Pois sabem que a noite também é mãe dos medos


Alexandre Zampiva @AleZampiva



Texto já públicado no blog de meu grande amigo Gabriel Andreolli @angustifolia
http://maisfrioqueoalaska.blogspot.com

3 comentários:

  1. Nossa muiito lindo adoreiii ,
    Gostaria de saber de onde vc tira essa inpiração toda !
    de mais !
    se continua assim vc escreve um livro viu !

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  2. Muito bom o texto, faz a gente pensar, refletir. Parabéns!

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